terça-feira, 17 de setembro de 2013

De dentro

Alguem saberia dizer o que é ser intenso e desapegado ao mesmo tempo? Eu não sei, mas, vivo diariamente essa dicotomia, vivendo a parte dos sentimentos que me circulam e em um intervalo muito pequeno loucamente perdido em emoções que me preenchem. Na vida a gente leva tantos tombos, são tantas cicatrizes abstratas que nós temos em nossos sentimentos, que acabamos por adquirir uma espécie de cuidado, um limite... Em algum momento saio das minhas fortalezas, mas, volto novamente pra dentro, não gosto de me expor, não gosto de aparentar invadido por emoções que não possa controlar. Eu fujo, me retraio, me escondo. Todavia, sentimentos são abstratos, eles têm o poder de invadir fortalezas, um sorriso não tem massa, ele penetra no olhar e fica guardado em algum lugar que eu não consigo alcançar. E a partir daí, vem a intensidade, eu me perco fortuitamente nesses gestos singelos e fico em um “Internal War” na busca incessante, tentando fugir, mas, com a maior vontade do mundo de ficar. Nunca se sabe quais as reais intenções daquele que te desperta, Sabe-se apenas que nenhuma fortaleza, seja o orgulho, a racionalidade ou qualquer outra é capaz, de deter alguém que se perde em um olhar.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Bom dia, Tristeza.



Faz tempo que você não aparece, consequentemente, há tempos eu não apareço por aqui. Mas, nesses últimos dias você, veio a tona e por mais que tenha lutado pra demonstrar sua ausência, no âmago do meu ser eu te vejo reluzente. Algumas coisas são engraçadas, acontecem meio que sem explicação, na verdade muito sem explicação, e eu acabo por tentar não entender. Inclusive acho que não há como compreender certas coisas.

Eu não sei o que ocorre, as vezes acho que é só o costume, as vezes percebo que transcede em muito isso, as vezes penso que poxa vou correr atrás daquilo que quero, mas, daí, eu analiso a forma como as coisas aconteceram e pergunto: Com que argumentos poderia tentar mudar os fatos? Pediria perdão, desculpas, choraria, imploraria se fosse por algo concreto, mas, o que aconteceu está no campo do abstrato e contra isso não há argumentos.
Esporadicamente, me pego em pensamentos tão ilusórios quanto os meus sonhos de criança, tento voltar a realidade, lembrar do "the end" mas, a realidade me maltrata. Em alguns momentos parece que tudo está bem, daí é só olhar o celular e as coisas mudam, as lembranças vem. É só tentar mandar uma msg, legal pra um amigo e praticamente sempre eu vou pra aquele nome, parece que é algo mecânico. Enviar msg, agenda, contatos e quando olhos já estou sobre aquele nome. Quantas vezes peguei o cel. pra enviar uma msg pra Ela escreví, apaguei, escrevi, apaguei, escrevi e desistí.
O que mais me deixou confuso é que sei que dei o meu melhor, fui sincero com meu coração, com meus sentimentos ao extremo, procurei me corrigir em minhas falhas, procurei superar meus medos de relacionamento e como prêmio recebo um é o desamos

Confesso que as vezes não sei bem o que fazer, pessoas muito interessadas me ligam aos montes pra dizer que estão felizes com o que aconteceu, mas, eu não precisava sinceramente de ninguem nesse momento, eu não quero ninguem nesse momento.

Ainda sem saber o que fazer, sem norte e sem ter caído a ficha, eu percebo que eu preciso amar as pessoas só com a mesma intesidade.
Bom sem mais e com os olhos úmidos, me resta a incerteza.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Hoje...


Hoje levantei, fui até a porta da rua e dei uma olhada no céu, ele estava lindo, limpo, o sol brilhando com seus raios cativadores. Daí, voltei pra dentro de mim e me encontrei com um céu nebuloso, pesado, sem graça, o sol do meu sorriso, faz uns dias que se esconde por trás de nuvens carregadas de lágrimas, com pancadas de "chuva" em vários momentos.

Eu estou aqui sentado, esperando que o tempo mude, esperando que os ventos dissipem essa nebulosidade, talvez isso ocorra daqui à pouco, talvez isso demore pra ocorrer, talvez ocorra uma grande "chuva" com deslizamentos irreparáveis, talvez eu precise reconstruir em outro lugar.

Por enquanto estou me sentindo, feito aqueles moradores de encosta, que veêm a chuva se formar, o perigo de deslizamento e continuam rentes, por acreditarem que suas vidas estão alí, eu espero não ser soterrado, eu espero que com o tempo, os bons ventos levem essas nuvens daqui.

Eu espero que meus dias voltem a brilhar... mas, enquanto isso não ocorre fico aqui na esperança.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Entardecer úmido

Eu olho pela janela e vejo um monte de gente cheia de motivos pra comemorar, pra se alegrar, felizes, umidecendo suas gargantas com a cevada. Enquanto isso eu estou aqui no meu quarto, trancado, com o ventilador ligado, uma música de Lifehouse rolando, com olhos úmidos e o pensamento a uns 12 km daqui.

Normalmente quando meu pensamento está a tal distância, e últimamente ele tem estado muito por lá, estou com largo sorriso aberto, o coração palpitando de felicidade, mas, dessa vez é bem diferente. Tudo fruto da minha capacidade de fazer infeliz quem mais amo, da minha forma esdrúxula de ser.

Eu não sei exatamente, mas, até ontem eu achava que esse ano iria começar como o mais feliz dos últimos tempos pra mim e agora me pego em pleno dia mundial da confraternização dentro do meu quarto em um longo monólogo.

Estava quase completando dois meses, desde que a felicidade entrou em minha vida eu não me sentia assim triste, mas, eu acabo, ainda que sem querer, machucando a felicidade e afastando ela.

O que mais quero é ter a felicidade ao meu lado pra sempre.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Frases soltas...

"Depois do estádo líquido noturno eu liquido a umidade e me solidifico na solidão assim como o sol que diariamente passeia sem companhia." (Ariel C. Ramos)

" Aprendi a ter apreço pela solidão a medida que me aprofundei no conhecimento das pessoas" (Ariel C. Ramos)

" Entre o amor e a amizade eu prefiro a amizade, já que o primeiro não se materializa e pode aparecer continuamente em vários lugares, um amigo quando se perde, não se encontra outro proporcionalmente igual em qualquer lugar" (Ariel C. Ramos)

Eu... na primeira, segunda e terceira pessoa.


Eu aprendi a cultivar esse momentos nos quais fico com tristeza extrema, quando passo a ver tudo em preto e branco, com alegria fúnebre. Se a ostra só produz a pérola quando é provocada, esse momentos me provocam, eu faço um relatório de mim e uma análise completa, me retraio, me fecho em mim. Sempre que abrir a boca, usar a caneta ou os dedos, vou escrever algo destruidor, por isso prefiro sair de cena. me torno anti-social, determinado e pouco sorridente. Por favor pessoas que amo se afastem de mim, não quero nenhum de vocês juntos a mim no olho do furacão.

sábado, 27 de agosto de 2011

Meus "Eus"


Invariavelmente deparo-me a analisar minhas inconstâncias. Mudo frequentemente de estado emocional, a felicidade matutina fica rapidamente tonta com o movimento de rotação do planeta e cai antes do crepúsculo vespertino, à vontade coletiva diurna contrasta com a solidão noturna.

Com as palavras eu tenho minhas habilidades, mas, às vezes acabo armando o contra ataque para o adversário. A pessoa que ouviu as minhas mais doces palavras e a dona dos olhos que receberam borrifadas das minhas palavras mais apimentadas e duras.

Constantemente me afasto e me aproximo das pessoas , me arrependo e volto a falar tudo novamente. Corro, fujo e brigo com o amor e insistentemente me deparo a sua frente, o amor é recíproco comigo de forma contrária. E por isso sempre mantemos a mesma distância.

Talvez um dia, eu, o amor, as palavras e o estado emocional sejamos escalados no mesmo time, e espero que façamos juntos uma bela e infinita temporada